Pedagogia sem Tecnologia: Formação!



E aí que em um belo dia de sol, você termina a graduação em Pedagogia (ou outra formação com o objetivo de dar aulas), chega na sala de aula e ouve quase alguém se apresentando para você: 

“- Olá! Muito prazer, eu sou a Tecnologia e vou te acompanhar a partir de agora”.


Quem dera fosse assim, com a possibilidade de ter “alguém” te ajudando o tempo todo. Ensinando e propondo inovações dentro de sala de aula utilizando celulares, câmeras, computadores, tablets, notebooks, lousa digital e outros equipamentos que em nenhum momento anterior você aprendeu a utilizar. Quem dera...

Mas para acabar com esse sonho de mundo perfeito, basta conversar por alguns minutos com um profissional recém formado e vai descobrir que em nenhum momento ao longo de seus anos de estudo ele recebeu suporte adequado para ter sua formação atrelada ao uso das chamadas TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação.

Esse texto não é para desanimar, mas para que possamos pensar na fomação que os professores estão recebendo. Não é de hoje que vemos as Secretarias da Educação Municipal e Estadual (em alguns lugares chamados de NTEs) criando cursos de formação no uso de novas tecnologias. Muitos professores, inclusive, já realizaram a famosa formação do PROINFO* (
Programa Nacional de Tecnologia Educacional) oferecido pelo MEC.

E se eu vou me formar e estou preocupado com a sala de aula? O que fazer?  

 
É possível ver pelas escolas muito profissionais da área de TI ( Tecnologia da Informação) que é uma área mais técnica dando suporte para os professores no uso das tecnologias. Então temos o profissional de TI junto com o professor fazendo a função que hoje chamamos de TE - Tecnologias Educacionais.

Muito se fala sobre uso de tecnologias dentro da sala de aulas, mas pouco se fala da preparação do professor ao longo da sua formação, com exemplos e experiências reais. Se durante este processo o professor pudesse estudar e propor inovações em um espaço de laboratório das faculdades/universidades chegaria muito mais preparado para lidar com as novidades que surgem ao longo da sua carreira na escola. 

Hoje se reinveste em formação de professores - apesar do próprio professor ter investido muito tempo na graduação, e acaba tendo que fazer o que poderíamos até chamar de reciclagem. 

Agora, imagine o profissional que acabou de se formar e já tem que voltar para a sala de aula como aluno para aprender novamente como construir o seu ambiente de ensino.

E o professor que é antenado e está sempre atendo as novidades tecnológicas?

Ele vai ser seu colega na formação de professores também!!!

Isso acontece porque apesar do conhecimento prévio, muitas vezes ele não está preparado para transformar os seus conhecimento em atividade para trabalhar com os alunos.

E você acha que sua formação foi adequada para trabalhar com os alunos??? E a bagagem que eles levam para a sala de aula com horas de uso de diversas tecnologias, que é difícil até de enumerar?

Compartilhem suas ideias e experiências!!!

 

* Clique aqui e saiba mais sobre o PROINFO 

Imagem Disponível em: http://www.sallyjoseph.com.au/blog/wp-content/uploads/2013/09/Power-Cable1.jpg

Comentários

  1. O seu texto é o imagem da realidade. Digo isto por mim, pois, tive um pouquinho de acompanhamento da tão citada TICs através do programa do MEC mas as coisas são muito superficiais. O ensino é um tanto mecanizado apenas apertar botões (menu,links,etc) com carga horaria de aprox. 20 horas que é insuficiente para desenvolvimento do magistério. Na minha opinião tem que ofertar de forma constante as inovações na área tecnológica mas de forma gratuita, principalmente aos profissionais ligados a educação. Gostei do questionamento acima e espero que este estado agonizante destes profissionais tenha um limite.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Sala de Aula Invertida + Big Data: Uma ideia de como usar!

Microsoft Equation 3.0, LaTeX, GMath: Produzindo Textos Matemáticos!

Cultura Maker: Oficina de Gambiarra